Espaço dos Alunos

Este espaço é destinado às contribuições dos alunos, que podem construir coletivamente o Blog da disciplina enviando seus textos e análises de acordo com os debates desenvolvidos na sala de aula, é uma oportunidade de incitar a prática da escrita e lançar à sociedade suas ideias como cidadão social construtor de concepções. 

Confira abaixo:

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A SOCIEDADE E A REVOLUÇÃO DE SUAS TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO

Daniella Felix Caldas

Aluna do 2° período Curso de Geografia Bacharelado da UFAL, 2010/2

              Geovânia Ricardo dos Santos

Aluna do 2° período Curso de Geografia Bacharelado da UFAL, 2010/2

              Samuel Vitor Oliveira dos Santos

Aluno do 2° período Curso de Geografia Bacharelado da UFAL, 2010/2

A revolução das comunicações que se deu através dos últimos séculos, trouxe uma nova realidade provida de inúmeros espaços transformadores no meio social. Quando a humanidade ainda percorria suas curtas pegadas pela superfície terrestre, não se imaginava a dimensão que o homem – iniciando como nômade caçador-coletor à sedentário neolítico – conquistaria diversas extensões possíveis.

O processo de dispersão do homem, evidenciado desde a “noção de existência”, o levou a uma ocupação mais ampla do espaço. A sedentarização do homem possibilitou sua ascensão e a transformação do meio e das relações de mundo, trazendo importantes símbolos/características particulares na evolução humana.

Seu desenvolvimento se traduziu em partida dos grupos, a favor da demografia que trouxe progressiva expansão para as zonas geográficas, tanto com relação ao espaço e a ocupação/organização deste.

A formação dos diferentes espaços, como o ciberespaço – constituído pelo homem – nos trás novas tendências históricas, culturais, políticas e geográficas. Essas novas realidades se ampliam consideravelmente no datar do tempo.

A potencialização da revolução informacional contemporânea surgido do processo da Revolução Industrial, que transformou as situações na zona rural-urbana pode-se evidenciar uma característica única entre o meio, denominando os lugares numa semelhante rede de vários fluxos e intensificação do crescimento demográfico e das migrações sazonais ou temporais.

A mobilidade na sociedade urbana mundial não pode descrever-se como o nomadismo de caçador-coletor, uma vez que, na atual era tem proporcionado à intensificação e rapidez no fluxo dos contatos em escala planetária. Ressaltando que a interação se conclui nos progressos das técnicas de transporte e comunicação, como: o desenvolvimento dos correios, o automóvel, o telefone, rádio/televisão, entre outras formas.

O centro e a periferia apresentam-se como as manifestações mais evidentes dos diferentes extremos de ligações como à questão do poder e da exclusão. Centro é interconectado consigo e com o mundo, os contatos são acessíveis, diferente da periferia que é mal conectada consigo mesma, sendo controlada pelo centro e seus contatos estão distanciados e são de difícil acesso.

Já nas interconexões dos computadores, a precisão das potências coletivas de comunicação sobressai-se em contra partida como os instrumentos de informação que canalizam e entrelaçam os fluxos e centros virtuais e auxiliam as capacidades cognitivas humanas.

O ciberespaço nos remete conexões humanas consigo mesmo, cujas preocupações a surgirem não trazem condições igualitárias entre homens e sim um aperfeiçoamento de interconexões no mesmo, que no crescente número de computadores e dos servidores conectados, os grupos humanos e as informações acessíveis ficam qualitativamente e quantitativamente expresso.

Ainda citando o ciberespaço podemos dizer que, de todas as técnicas de comunicação, este é o desenvolvimento mais rápido de toda história com um toque de originalidade e totalmente distinguível entre as demais.

O ciberespaço tem como principal atração, a comunicação interativa e coletiva, sua utilização pode-se dá para emitir informações de um núcleo. Sua caracterização simples apresenta-se difícil, pois ele envolve todos os outros tipos de mídias, interligadas, além dos instrumentos existentes no próprio ciberespaço e os que ainda serão programados especificamente para o uso no interior do mesmo. E todos os instrumentos serão utilizados por todos os indivíduos que desfrutam do complexo mundo virtual.

Sob o uso de internet assinada, surge o pluralismo no meio virtual, que segundo Pierre Lévy, é uma condição para que a voz da minoria possa ser ouvida. A essência da cibercultura está talvez nessa passagem entre seleções, hierarquias e sínteses por toda parte, diferentes e em constante mutação conforme as pessoas, os grupos e as circunstâncias.

Pierre Lévy comenta que o sistema Web se integrará progressivamente ao mundo material, quando incluído o correio eletrônico e os grupos de discussão, dando a ideia de materialização do contexto que envolve a comunicação da sociedade, nesse aspecto, incluindo a cultura.

O autor ainda faz uma relação entre a página no ciberespaço e página como materialização, como território que contém um proprietário, porém a página no sistema Web é a parte de um todo, ela aparece com uma forma de orientação por está vinculada ao resto da rede.

A Web inclui uns aglomerados de opiniões e visões diferentes. A criação de um site pode ser feita por qualquer indivíduo, que poderá ter um canal ou qualquer outra página apresentando seu ponto de vista, singularidade, apesar de muitos textos parecidos e relacionados dentro do próprio sistema Web. Assim cada site está de forma parcial numa hierarquia.

O ciberespaço aponta para o hipertexto, que será a reunião de textos num só “ambiente” que incluirá a sociedade e sua cultura. Porém surge um paradoxo, essa reunião se dá por conta da capacidade de que cada indivíduo pode proporcionar a criação de seus sites próprios. Nesse contexto, não haveria mais desigualdades entre o proprietário da página e os outros, pois cada um terá a sua própria, e estas estarão ligadas na Web. Se cada pessoa tem seu próprio site ou sua página não haverá unificação. É aí que surge o ponto de oposição.

 

REFERÊNCIAS

LÈVY, Pierre. A revolução contemporânea em matéria de comunicação. In: MARTINS, F. M. e SILVA, J. M. (org.). Para navegar no século XXI: tecnologias do imaginário e cibercultura. POA: Sulina/Edipuc RS, 2000. p. 1 – 11.